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Um convite ao autoconhecimento financeiro

Guardo comigo uma lembrança muito especial de quando eu tinha meus 6-7 anos e acompanhava o Vô Leonel em sua contabilidade da casa, sim, naquele tempo era assim que ele chamava o “controle dos gastos da família”.


Toda semana (religiosamente), vinha ele com seu ritual de tirar a toalha do centro da mesa da sala, carregar seus cadernos (ou melhor, seu livro-caixa) e sua máquina de calcular manual bem antiga: uma Facit na cor verde. Ela era pequena e tinha uma manivela na sua lateral direita, para fazer as contas de somar e subtrair.

Era um momento do silêncio absoluto e ninguém ousava chegar perto daquela mesa, exceto eu que, curiosa, sempre pedia para ajudar a mexer naquela máquina fascinante para mim, na época. Ele me ensinava como conferir as notas fiscais, uma a uma, o que e como lançar no livro-caixa, além de, claro, me permitir fazer contas naquele instrumento encantador.


Foi durante estes encontros que me abri para uma relação natural, leve e segura com o dinheiro, onde aprendi o valor das coisas e também a sempre guardar - não importa a quantia, podendo ser poucos centavos, afinal, como ele sempre dizia: “Sempre bom ter um dinheirinho guardado, porque a gente nunca sabe se vai precisar amanhã”.

Minha gratidão é imensa ao meu querido avô Leonel, pois é dele que carrego a forma como cuido do meu dinheiro até hoje, e certamente sua influência também determinou minha escolha profissional e a longa carreira no mercado financeiro, quando então passamos a falar quase de igual para igual sobre dinheiro.

Este é o convite que gostaria de fazer à você: permitir abrir esse espaço e mergulhar em sua própria história sobre dinheiro. Busque lembranças e atitudes aprendidas que determinaram sua relação com o dinheiro. Veja o que carrega e não te pertence mais e também, o que deseja agradecer ter recebido como presente das pessoas e das experiências que moldaram quem você é hoje.


Ana Holanda, em seus incríveis textos e ensinamentos sobre a escrita, disse “Não é sobre números, é sobre a vida presente nestes números”.


O que acha de começar sua jornada com dinheiro de uma forma diferente, através das suas emoções e da sua própria história, sua vida e assim reiniciar esta trajetória de compreensões e aprendizado muito mais fortalecido(a) e consciente para enfrentar os infinitos desafios deste universo complexo e in


stável chamado dinheiro?


Se precisar de ajuda nesta jornada, entre em contato!


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